A idéia de se celebrar o Dia da Mulher surgiu no contexto
dos inúmeros protestos e manifestações de mulheres trabalhadoras no mundo entre
o final do século XIX e início do século XX. O primeiro grande marco é de 8 de
março de 1857, quando trabalhadoras da indústria têxtil da cidade de Nova
Iorque protestaram contra as condições desumanas de trabalho, as longas
jornadas e os baixos salários.
Em 28 de fevereiro de 1909, celebrou-se nos Estados Unidos o
primeiro Dia Nacional da Mulher. A iniciativa foi do Partido Socialista da
América.Em 1910, durante a II Conferência de Mulheres Socialistas, ocorrida em
Copenhague, foi aventada pela primeira vez a idéia de se criar um Dia
Internacional da Mulher. A proposta foi da alemã Clara Zetkin, uma das
lideranças do Partido Social-Democrata da Alemanha.Em seguimento à idéia, no
dia 19 de março de 1911, a data foi oficialmente celebrada na Áustria,
Dinamarca, Alemanha e Suíça.Em representação à luta travada pelas mulheres por
direitos no final do século XIX e início do século XX, associa-se a data do Dia
Internacional da Mulher a um momento máximo de opressão, quando, em 1911, cerca
de 129 trabalhadoras foram trancadas dentro de uma fábrica de roupas e
carbonizadas durante um incêndio.
Destacam-se também os protestos de mulheres russas contra a
Primeira Guerra Mundial, a partir de 1914. As manifestações geralmente ocorriam
no último domingo de fevereiro, que, no calendário ocidental gregoriano, caía
por volta do dia 8 de março. Destes, o evento mais significativo ocorreu em
1917, às vésperas da Revolução Russa, quando trabalhadoras protestaram e
entraram em greve por “Pão e Paz”. Com a queda do czar Nicolau II poucos dias
depois, o novo Governo Provisório russo garantiu às mulheres o direito de votar
e ser votada, além de vários direitos trabalhistas.Em 1975, Ano Internacional
da Mulher, as Nações Unidas confirmaram o 8 de março como o Dia Internacional
da Mulher.
Em 2011, o tema das Nações Unidas para o Dia Internacional
da Mulher é “Igualdade de acesso à educação, ao treinamento e à ciência e
tecnologia: trilha do trabalho decente para a mulher”.Com o passar dos anos, as
mulheres conquistaram importantes vitórias, como o direito à educação, ao
trabalho, à participação ativa na política e à licença-maternidade.
No Brasil, segundo informações da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (PNAD) 2009, elas representam 51,3% da população, 43,9%
da população economicamente ativa (PEA) e 42,6% da ocupada. Já os dados da
Síntese dos Indicadores Sociais 2010, baseados na PNAD, apontam que a média de
estudo das mulheres é de 8,8 anos, enquanto os homens estudam apenas 7,7
anos.Apesar disso, ainda é grande a desigualdade no mercado de trabalho. O
Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 Maiores Empresas do Brasil e Suas
Ações Afirmativas – Pesquisa 2010 -, do Instituto Ethos e Ibope Inteligência,
aponta que as mulheres detêm 33,1% dos postos de trabalho no quadro funcional.
Nos outros níveis, a presença feminina se divide em 26,8% na
supervisão, 22,1% na gerência e 13,7% no executivo.No setor político, a
situação é parecida. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 193
mulheres foram eleitas em 2010 para o Executivo e o Legislativo, apenas 11,66%
do total de cargos. Uma dessas posições foi a de Dilma Rousseff, eleita a
primeira presidenta do País.
Fonte: www.brasil.gov.br
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